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Semana da Mulher: Tecnologias sociais como instrumentos de melhoria de vida para ribeirinhos no Pará

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Os povos ribeirinhos são populações que vivem nas margens dos rios. Para essas pessoas, o rio é multifuncional, pois, ele representa o principal meio de transporte, uma forma de trabalho, é utilizado também como fonte de higiene pessoal, para o consumo próprio da água e preparar alimentos. Contudo, devido aos muitos usos dados a água e a questões relacionadas ao saneamento básico, essas populações convivem diariamente com problemas de contaminação desse recurso natural tão importante para o desenvolvimento social.

Por isso, buscando melhorar a qualidade de vida dos povos ribeirinhos, a professora e pesquisadora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Vania Neu, está desenvolvendo um sistema funcional para propor melhores condições hídricas e sanitárias para populações tradicionais que vivem na região insular de Belém. O projeto da pesquisadora foi contemplado pela concessão de bolsas e fomento da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA).

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O projeto desenvolveu uma alternativa sustentável de abastecimento hídrico por meio da captação de águas da chuva. Inicialmente, os estudos foram voltados para a Ilha das Onças, no município de Barcarena, no Pará, propondo analisar parâmetros físicos, químicos e biológicos de potabilidade da água para o consumo das comunidades existentes na região. Em segunda fase, o Sistema de Captação de Água da Chuva criou uma tecnologia de baixo custo e acessível, por meio da utilização de filtros autolimpantes, que separam resíduos das lavagens de calhas, telhas, canos PVC e caixas d’água. Assim, são armazenados mais de 2 mil litros de água com finalidades não potáveis como: higiene pessoal, limpezas e outros. Logo, as comunidades terão acesso a um sistema eficaz, economicamente viável e que produz muitas melhorias sociais.

Atualmente, o projeto desenvolve uma nova fase na qual pretende, através de estudos in loco, analisar e retirar componentes contaminantes das águas, como materiais pesados evacuados diretamente nos rios, procurando entregar um meio potável para o consumo de comunidades ribeirinhas que não possuem acesso à água potável.

Valer ressaltar, o apoio do Governo do estado do Pará através da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA) em fomentar a ciência no Estado.

Texto: Myckael Portugal

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