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Projeto apoiado pela Fapespa desenvolve tecnologia capaz de prever comportamento de epidemias no Estado

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Nos últimos anos, o estado do Pará já enfrentou grandes surtos e epidemias, como a onda de Gripe ‘influenza’ em 2012, de Dengue, de Zika e Chikungunya entre 2014 e 2018, e mais recentemente, entre 2020 e 2022, a pandemia da Covid-19. Para os pesquisadores paraenses, compreender o cenário de desenvolvimento da doença é um dos maiores desafios a ser superado, isso porque prever o comportamento dos vírus exige um alto investimento em aparato tecnológico de qualidade e bons profissionais à frente dos trabalhos. Pensando em melhorar esse cenário e fortalecer a saúde paraense, o projeto coordenado pelo doutor e professor, Marcus Braga, com apoio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), desenvolveu uma ferramenta de projeção de dados epidemiológicos, com foco na covid-19, que permite explorar vários cenários dependendo dos parâmetros informados, como o número máximo de pessoas infectadas, o índice de mortalidade da doença, entre outros.

“Desde o início de 2020, nossa equipe realiza um  trabalho contínuo de monitoramento do panorama da pandemia no Pará. A partir de 2021, o Governo do Estado, através da FAPESPA, aportou recursos para apoio do projeto, o que permitiu e garantiu a continuidade do serviço. Esse investimento foi muito importante para o grupo que realiza este trabalho multidisciplinar e interinstitucional, contando com pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA).”, afirma o Marcus Braga.

epidemiaO projeto analisa e processa os dados de saúde fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) utilizando técnicas de inteligência computacional, modelagem matemática e Redes Neurais Artificiais (‘RNA’), consideradas mais eficientes e utilizadas como apoio ao enfrentamento de epidemias. Isso porque, estes métodos suportam um elevado número de dados e modelam as incertezas associadas às projeções, além disso, permitem que as análises sejam realizadas em maiores quantidades, de um espaço e tempo maiores. Essas técnicas também compõem sistemas que conseguem se adaptar a diversos cenários e podem ser usadas para determinar a não linearidade em séries temporais.

O resultado da união de instituições e pesquisadores foi um projeto de sucesso que apresentou uma taxa de acerto acima de 95%, por isso, chegou a ser utilizado pelo Governo do Estado do Pará, como material de referência para auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento à pandemia. Atualmente, em busca de aprimorar o projeto, os cientistas continuam os estudos e pesquisas.

“Embora, o último relatório encaminhado esta semana para a SESPA demonstra um cenário favorável, com baixa ocupação e baixa previsão de ocupação de leitos, por exemplo, a pandemia de fato ainda não acabou. Por isso, a equipe mantém o monitoramento contínuo a partir dos dados para que o estado possa ter a realidade epidemiológica do momento e do futuro próximo, o que ajuda a não ser pego de surpresa por uma nova onda ou pico da doença.”, aponta o coordenador do projeto, Marcus.

Vale ressaltar, o apoio do Governo do Pará, em conjunto com a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas, para incentivar o desenvolvimento da tecnologia e inovação que produzam melhorias na vida da população.

Texto: Lorena Coelho

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