Retrospectiva 2022: Fapespa finaliza 2022 com forte desempenho na gestão
Mais um ano finaliza e com ele, a conclusão de metas estabelecidas. Em 2022 a Fapespa firmou mais uma vez o seu protagonismo no fomento a estudos e pesquisas no Pará. E é de suma importância, que neste ano, muitas das ações realizadas promoveram ainda mais a ciência, tecnologia e inovação no estado. Bem como estimulou o desenvolvimento da Bioeconomia e sustentabilidade, na entrega de estudos que geraram novos indicadores indispensáveis para a tomada de decisão e manutenção do estado do Pará.
Somente neste ano, foram apoiados mais de 104 projetos nas áreas de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra; Engenharias, Ciências Humanas e no caráter Multidisciplinar, das quais contribuem diretamente para temáticas de apelo mundial e principalmente àquelas voltadas para a Região Amazônica, com a sustentabilidade. Dessa forma, em um recorte temporal, na gestão de 2019 a 2022, são mais de 328 projetos contemplados e 4.125 bolsas concedidas, somados a 102 milhões de investimentos empenhados.
PARCERIAS
A Fapespa possui diversas parcerias firmadas, como Instituições de ensino e agências financiadoras e incentivadoras no desenvolvimento Científico e Tecnológico. E neste ano, essas parcerias foram ainda mais consolidadas, por meio de lançamentos de novos editais de fomento. Algumas:
Em março, foi lançada a segunda edição do Centelha no Pará. O programa é uma ação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que no estado, foi executada pela Fapespa com apoio da Fundação Guamá. E teve a finalidade de disseminar a cultura empreendedora nas 12 regiões de integração do estado do Pará, visando a geração de novas empresas e startups de base tecnológica que atendam interesses sociais e empresariais. Os recursos, em valor global, é de 3 milhões de reais que beneficiarão 50 propostas. Atualmente o programa encontra-se na segunda fase de acompanhamento e caráter eliminatório de seleção das propostas finais.
Em junho, a Fapespa, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), lança o edital 005/2022 que visou fortalecer as redes de pesquisa, tecnologia e inovação entre os estados do Pará e São Paulo. O investimento total desta chamada foi de 2 milhões de reais, que auxiliou pesquisadores no desenvolvimento de ideias e projetos inovadores nas áreas de energia, mineração, infraestrutura logística, agronegócios, agricultura e alimentos, tecnologia da informação e comunicação, saúde, educação e segurança pública.
Ainda em junho, foi lançada a chamada pública 006/2022 referente a Iniciativa Amazônia +10, do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) qual a Fapespa e outras Fundações de amparo, investiram para recebimento de propostas. A chamada visou o desenvolvimento de novas soluções de problemáticas pertinentes na Amazônia legal, por meio da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), como foco o estreitamento das interações natureza-sociedade para um desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. No fim, 39 propostas foram selecionadas e os investimentos totais no âmbito nacional foram de 42 milhões de reais.
Já em outubro, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fapespa lança o edital 008/2022 do Programa de apoio à fixação de jovens doutores no Brasil. Dessa forma, a chamada teve o objetivo de apoiar projetos de pesquisa que contribuíssem significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador no estado do Pará, por meio da concessão de 20 bolsas de pós-doutorado Junior e 05 de Pós-Doutorado Empresarial, auxiliando a pesquisa para fixação de jovens doutores em todas as áreas do conhecimento.
PROJETOS
Neste ano de 2022, os projetos apoiados pela Fapespa tiveram ainda mais destaque. Somados a primeira gestão, de 2019 a 2022, foram mais de 328 projetos contemplados pela fundação, além do valor geral de 102 milhões em investimentos a estudos e pesquisas que tiveram a premissa de contribuir com novos dados e soluções inovadoras para as demandas sociais, econômicas, sanitárias e sustentáveis para o Estado do Pará. Uns deles:
Em Tecnologias sociais:
O projeto “Avaliação de uma tecnologia social que promove água potável para ribeirinhos na região insular de Belém”, coordenado pela Professora Vania Neu, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), criou um Sistema tecnológico de captação de água da chuva (SCAC) de baixo custo, que leva água potável para moradores da comunidade do Furo Grande, residente na Ilha das Onças, em Barcarena (PA).
A ideia surgiu após a coordenadora, em suas viagens de pesquisas nos interiores do estado, perceber que muitos moradores de regiões insulares não possuem a potabilidade de água correta para consumo, que por muitas das vezes, decorrem do uso das águas dos rios para tarefas pessoais, o que posteriormente resulta em problemas de saúde dos mesmos. Atualmente o sistema está em funcionamento para 15 famílias na ilha das onças, e de fato, contribuiu não só para as atividades pessoais dos moradores, mas também contribuiu para a economia local das famílias produtoras de açaí da localidade.
Fato é que as tecnologias sociais promovem o bem-estar da sociedade como um todo.
Para a Bioeconomia:
Para o desenvolvimento da Bioeconomia paraense, não faltaram esforços. O projeto “Recobrimento de pimenta-do-reino’’, coordenado pelo professor Davi Brasil, desenvolveu uma película feita a partir de amido de mandioca para recobrir a pimenta-do-reino. A película (Biofilme), protege contra as mais diversas doenças e contaminações, e dos processos naturais causados pela umidade e oxidação, estendendo a vida útil do produto e conservando-o por muito mais tempo. As substâncias utilizadas não alteram o sabor e nem as características da iguaria, podendo ser recomendada também para a conservação de outros produtos como frutas e hortaliças após a colheita.
Além disso, uma outra etapa do projeto estudou o biofilme utilizado para o revestimento, que apresentou condições favoráveis para utilização como bioplástico na substituição do plástico convencional, composto por petróleo. A matéria feita a partir da mandioca, é uma maneira sustentável e barata de ser aplicada, uma vez que ela demora 90 dias para se decompor totalmente no meio ambiente. Dessa maneira, a proposta é oferecer, por meio da tecnologia, uma alternativa econômica e sustentável ao agronegócio paraense e de mais qualidade ao produto que chega à população.
AÇÕES
A Fapespa, por meio das Diretorias de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas; Estatística, Tecnologia e Gestão de Informação; Planejamento, Orçamento e Finanças; E de Pesquisas e Estudos Ambientais; De 2019 a 2022 lançou mais de 150 produtos para a sociedade paraense.
Os Barômetros da sustentabilidade, os radares de indicadores, as notas informativas e técnicas, boletins informativos e relatórios estatísticos forneceram constantemente novos dados e informações referentes aos 144 municípios do estado do Pará, no âmbito social, educacional, sanitário, econômico, comercial e ambiental. No objetivo de auxiliar e contribuir para a tomada de decisões e avaliações de políticas públicas que posteriormente resultem na evolução do estado como um todo.
Revista fapespa:
Em maio, foi lançada a primeira revista Fapespa, edição que reuniu os principais projetos de alto impacto apoiados pela fundação, as parcerias de sucesso, entre a Fapespa e a Fapesp, que geraram inúmeros benefícios para a sociedade. E outras ações que mostram como o investimento na formação de recursos humanos qualificados, por meio da concessão de bolsas, conseguiram produzir uma coletânea de trabalhos científicos, pesquisas e inovações por todo o Estado.
Além disso, é indispensável citar o quanto que as ações administrativas ganharam força em 2022. Durante todo o ano, a Fapespa fidelizou um de seus compromissos estabelecidos, a valorização dos servidores. Dessa forma, foram realizados inúmeros workshops para a melhoria de gestão, eventos e palestras de conscientização para a saúde pessoal e o desenvolvimento de novos meios de capacitação para os profissionais. A eficiência da gestão na fundação cresceu exponencialmente de 24%, em 2018, para 93% neste ano.
Segundo o Diretor Presidente Marcel Botelho, “A Fapespa aumentou significativamente os seus investimentos não só para o fomento de pesquisa, mas também para a melhoria de suas atividades administrativas, pois para o servidor público ter zelo sobre o seu trabalho, ele necessita de investimentos para ser valorizado”, pontua.
Visto isso, foram investidos 20 milhões para melhoria da infraestrutura e condições de trabalho dos funcionários, por meio da compra de novos computadores e equipamentos para o parque tecnológico da fundação. Bem como o valor decorreu também de novos meios em capacitações para os mesmos. “Somente neste ano, foi investido 480 mil na contratação de um curso de mestrado, pois os nossos servidores precisam ser capacitados e valorizados”, ressalta o titular da Fundação.
Prova disso, em dezembro, a Fapespa, em parceria com a Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA) e com a Universidade da Amazônia (UNAMA) Lançou um novo processo seletivo a nível de mestrado em Gestão de conhecimento para o desenvolvimento sustentável, exclusivamente para servidores públicos efetivos na fundação. Esta ação destina 20 vagas aos servidos da Fapespa e EGPA, e está previsto para acontecer de 2023 a 2024. Essa é uma forma de capacitar os profissionais para melhor eficiência na execução de suas atribuições à sociedade e contribuir com a formação profissional dos mesmos.
Diante a tudo isso, é notório o esforço e a diferença que o Governo do Pará, por meio da FAPESPA, veio fazendo no último ano. Todas as conquistas, parcerias e lançamentos de sucesso foram fruto de muito trabalho e dedicação desenvolvido pela equipe Fapespa, que é composta por todos os servidores e colaboradores que diariamente exercem o compromisso com a sociedade paraense.
Segundo o titular Marcel Botelho, “O ano de 2022 foi fantástico e de muitas conquistas. Tivemos o aumento de investimentos na ciência, pesquisa e na tecnologia do estado do Pará. Também fomos capazes de entregar produtos e estudos que alimentaram a tomada de decisão, para auxiliar o crescimento do nosso país, do nosso estado e dos nossos municípios. Além disso, na pesquisa, fomentamos as Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica com um número Record de bolsas.” E complementa, “Dessa forma finalizamos o primeiro ciclo de gestão do Governador Helder Barbalho e não tenho dúvidas que em 2023 vem muito mais por aí!”, conclui o presidente da fundação.